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Disse Voltaire:

"Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo.”
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A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. (Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eleição do lixo eletrônico, Processo Militar contra Dilma e Mídia com interesses obscuros

Temos visto que essa eleição tem sido a eleição do lixo eletrônico, dos estranhos enfoques religiosos e desarrazoados - no meu ponto de vista - posicionamentos dos que se dizem ministros da fé. A religião na campanha tem sido como um sinismo do 7º dia. Devem perguntar ao espelho todo dia: espelho, espelho meu! Existe alguém mais espiritual do que eu? Pois é... parece que o 3º mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão" anda esquecido pelos "espiritualizados" cabos eleitorais. Aparentemente só se lembram e divulgam a busca pelo reino dos céus quando o objetivo real é a conquista do reino da terra. Bom, mas o objetivo do presente texto não é a religião. Tenho acompanhado, no pouco tempo que tenho tido ultimamente, que em nenhum momento a Folha toca no ponto algoz e vítima: o que esse processo contém é a versão unilateral de usurpadores do poder e terroristas de estado acerca dos que resistiam à sua tirania. Pelo menos foi assim que identifiquei no pouco que estudei em quatro anos de curso de História. Seguramente meu amigo historiador e Jornalista na paraíba, Givaldo Cavalcanti, falaria disso com mais propriedade por já ter feito alguns estudos aprofundados sobre o tema.


Como a tortura era generalizada e bestial, os militantes presos reservavam suas forças para evitar fornecer informações que levassem à localização de outras personalidades, rede logística e de planos importantes.

Seria insensatez aguentar pau-de-arara, choques e espancamentos para negar que tal ou qual pessoa participara de determinada ação ou ato que desagradasse o governo militar. A regra era que confirmassem o que os torturadores já sabiam e o que eles acreditavam ser verdade, pois, afinal, nenhum cidadão que viveu aquela época buscando mudanças e bucando a democracia estava preocupado com enquadramentos penais naquele momento.

Sabe-se que as farsas encenadas nas auditorias militares serviam apenas para dar aparência de legalidade à fixação das penas que os serviços de Inteligência das Forças Armadas previamente estipulavam. Então, de que nos adiantaria aclarar o quadro?

Os sites e correntes de e-mails da extrema-direita, evidentemente municiados por torturadores do passado como Brilhante Ustra, divulgam incessantemente esses sambas do crioulo doido.

Alguns grandes intelectuais são apontados como jurado de um tribunal revolucionário que nem se sabe se ocorreu, como autores de comunicadoa fantasiosoa e outras sandices.

E, mesmo sem saber quais os participantes de cada ação (era informação restrita apenas a quem precisava mesmo saber), quem conhece muito bem a sistemática operacional pode afirmar categoricamente que, em quase todos os relatos que a extrema-direita difunde sobre sequestros de diplomatas, expropriações de bancos, etc., são apontados muito mais autores do que os nelas efetivamente envolvidos.

Então, o que o STM está até agora negando à Folha não são informações fidedignas, mas certamente disparatadas ou desconexas.

Mas, como o eleitorado brasileiro ignora tais detalhes, tenderia a tomar como verdadeiras as acusações que os serviçais da ditadura fizeram a Dilma Rousseff, sejam lá quais forem.

Pena é que os petistas e tucanos nos altos escalões governamentais não tenham se preocupado com isto em tempos mais amenos.

O episódio em questão parece coisa de fascistas que continuam a caluniar impunemente.

Enfim, o que se vê agora é o resultado de um grave erro daqueles que tinham o dever de zelar para que heróis e mártires deste país não fossem vilmente denegridos.

Quanto à repulsiva tendenciosidade da mídia que muitos chamam de golpista, nada mais é do que aquilo que dela já se poderia esperar. Não surpreende. Até por isso, nem diria que a notícia fosse importante.

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